No dia 17 de junho de 2025, a escalada de tensões entre Irã e Israel atingiu novos patamares, com o conflito entrando em seu quinto dia. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, condenou veementemente o ataque de Israel à sede da Islamic Republic of Iran Broadcasting (IRIB), ocorrido na véspera, que interrompeu uma transmissão ao vivo e danificou a infraestrutura de mídia do país. Em um pronunciamento carregado de indignação, Pezeshkian classificou a ofensiva como um ato de “agressão descarada” e prometeu que o Irã responderá de maneira “firme e legítima”, fazendo Israel “lamentar sua imprudência”. Ele também acusou os Estados Unidos de serem cúmplices, alertando que a paciência iraniana está se esgotando.
O ataque à IRIB fez parte da operação militar israelense “Leão Ascendente”, iniciada em 13 de junho, que mirou instalações nucleares, bases militares e, agora, a mídia estatal iraniana. A ofensiva resultou na morte de figuras-chave, incluindo o chefe de inteligência do Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos (IRGC) e dois generais, além de causar danos significativos. Durante a transmissão interrompida, o jornalista iraniano Younes Shadloo, ferido no ataque, declarou que Israel tentou “calar a voz do Irã”, mas que a mídia continuaria a operar.
Em resposta, o Irã intensificou seus contra-ataques, lançando mísseis e drones contra cidades israelenses como Tel Aviv e Haifa, resultando em pelo menos 24 mortes e centenas de feridos em Israel. O Irã também emitiu alertas diretos a canais de notícias israelenses, como N12 e N14, em retaliação ao ataque à sua mídia. Enquanto isso, Israel ampliou seus bombardeios, atingindo alvos civis, incluindo o hospital Farabi em Kermanshah, e ordenou a evacuação de 300 mil pessoas em Teerã.
O conflito já deixou um saldo trágico: no Irã, pelo menos 224 pessoas morreram, incluindo 54 mulheres e crianças, e mais de 1.400 ficaram feridas. Em Israel, os ataques iranianos causaram 24 mortes civis e 592 feridos. O presidente dos EUA, Donald Trump, que abandonou a cúpula do G7 para lidar com a crise, descartou negociações de cessar-fogo, prometendo uma resposta “sem limites” caso interesses americanos sejam ameaçados.
A comunidade internacional observa com apreensão enquanto o Irã avalia opções militares e diplomáticas, e Israel mantém sua postura agressiva. O conflito, que combina ataques diretos, retórica inflamada e envolvimento de potências globais, ameaça desestabilizar ainda mais a região.
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