Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, a Europa reativa o alarme estratégico em larga escala. Países do leste europeu — como Polônia, Letônia, Lituânia, Bulgária e Romênia — iniciaram uma corrida silenciosa, porém decisiva: a modernização de seus portos e da infraestrutura logística militar, em clara preparação para um eventual confronto com a Federação Russa.
O plano, articulado em cooperação com a OTAN, prevê a capacidade de movimentar tropas e equipamentos em tempo recorde. Isso inclui:
- Adaptação de portos militares e civis para receber grandes volumes de veículos blindados, artilharia pesada e aeronaves;
- Simplificação de trâmites burocráticos, reduzindo o tempo de resposta da cadeia logística em possíveis cenários de conflito;
- Investimento robusto de até 75 bilhões de euros, contemplando rodovias, ferrovias e conexões de Internet de uso militar e civil.
Autoridades dos países envolvidos reforçam que não se trata de provocação, mas de um "reposicionamento defensivo", sobretudo após a guerra prolongada na Ucrânia e ameaças híbridas cada vez mais sofisticadas — como ataques cibernéticos, operações de desinformação e violações territoriais por parte da Rússia.
Analistas enxergam o movimento como parte de uma nova doutrina de contenção militar, onde o cenário europeu volta a espelhar os tempos mais tensos da Guerra Fria. “Não é mais uma questão de se haverá conflito, mas de estar pronto para evitá-lo através da força dissuasiva”, comentou um especialista do Instituto Europeu de Segurança e Defesa.
O esforço conjunto remonta à noção de que a defesa do continente não depende apenas de armamento, mas da capacidade de mobilização rápida — e, nesse tabuleiro geopolítico, a logística pode ser tão poderosa quanto um batalhão.
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