As autoridades argentinas desmontaram uma sofisticada rede de desinformação supostamente comandada por cidadãos russos atuando no país sob disfarce. O casal Lev Andriashvili e Irina Iakovenko, ambos de origem russa, foi identificado como o núcleo central de uma organização conhecida como “La Compañía”, acusada de disseminar propaganda estratégica com apoio logístico e financeiro do projeto russo “Lakhta” — iniciativa já vinculada a operações do grupo paramilitar Wagner.
Segundo os serviços de inteligência argentinos, o grupo operava com colaboradores locais e utilizava meios digitais para manipular discursos políticos, infiltrar-se em ONGs e colher dados sensíveis de interesse estrangeiro. Apesar de não haver confirmação oficial sobre prisão ou deportação do casal, o governo argentino afirmou publicamente que não tolerará ingerências externas em seu território.
O episódio desperta ecos em solo brasileiro, onde, em 2022, o espião russo Sergey Cherkasov foi detido após viver sob identidade falsa como “Victor Muller Ferreira”, cidadão brasileiro fictício. Cherkasov chegou a tentar uma vaga de estágio no Tribunal Penal Internacional, até ser desmascarado e condenado por falsificação documental.
As revelações reforçam o papel estratégico que países da América do Sul vêm desempenhando em operações clandestinas de inteligência — onde a criação de identidades falsas, o uso de documentos legítimos e a manipulação da informação tornaram-se ferramentas de guerra silenciosa.
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