O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser palco de um capítulo importante no julgamento da trama golpista de 2022. Nesta terça-feira, 20 de maio de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Primeira Turma, votou pelo não recebimento da denúncia contra dois acusados do chamado "núcleo 3": Nilton Rodrigues e Cleverson Magalhães. Para Moraes, não há justa causa para que os dois se tornem réus na ação penal. Esse grupo, composto majoritariamente por militares, é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de planejar ações táticas para viabilizar um golpe de Estado, num total de 12 indivíduos.
Adiamento e Novas Evidências
Enquanto isso, o julgamento de outro integrante do núcleo 3, o policial federal Wladimir Matos Soares, enfrentou um pedido de adiamento por parte de sua defesa. O motivo? A necessidade de mais tempo para analisar novas evidências apresentadas, como mensagens de WhatsApp recuperadas pela Polícia Federal. Nessas conversas, Soares teria admitido planos violentos para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. A decisão sobre o adiamento está nas mãos de Moraes, que ainda não se pronunciou sobre o pedido.
O Contexto do Julgamento
A trama golpista de 2022 foi dividida pela PGR em cinco núcleos para facilitar o andamento do processo no STF. O núcleo 3, em julgamento agora, é apenas uma parte desse quebra-cabeça. Até o momento, 21 pessoas já se tornaram réus em outros núcleos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também enfrenta acusações relacionadas ao caso. O núcleo 5, por sua vez, ainda aguarda análise em data futura, mantendo o tema em evidência no cenário político e jurídico brasileiro.
O Que Está em Jogo?
O julgamento no STF não é apenas sobre os acusados individualmente, mas também sobre o precedente que será estabelecido para tentativas de subversão democrática no Brasil. As ações investigadas envolvem desde planos táticos até articulações para impedir a transição de governo, o que coloca em xeque a estabilidade das instituições democráticas. A decisão de Moraes de livrar dois acusados pode gerar debates acalorados sobre os limites da responsabilização em casos tão sensíveis.
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