A Brutalidade da Guerra Civil Síria: Vídeo de Rebelde Reflete Ódio Sectário

Roberto Farias
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Um vídeo chocante, divulgado na internet em 12 de maio de 2013, mostra Abu Sakkar, um comandante rebelde da Brigada Farouq, em Homs, mutilando o corpo de um soldado morto, arrancando e mordendo seu coração. O ato, condenado pela Human Rights Watch (HRW), é um símbolo da escalada de violência sectária e vingança que marcou a guerra civil síria, iniciada em março de 2011 com protestos pacíficos e transformada em um conflito que, segundo grupos de oposição, já vitimou mais de 80 mil pessoas.
No vídeo, Abu Sakkar, identificado por fontes rebeldes e reconhecido por suas vestimentas e anéis em outras gravações, profere ameaças contra os soldados do presidente Bashar al-Assad, declarando: “Juro por Deus, vamos comer seus corações e fígados, seus soldados de Bashar, o cão”. Seus companheiros, fora de quadro, celebram com gritos de “Allahu akbar” (Deus é grande). A HRW, por meio de Peter Bouckaert, confirmou a autenticidade do vídeo, destacando que a versão não editada revela ordens de Abu Sakkar para “abater alauítas e comer seus corações”, evidenciando o ódio sectário contra a minoria alauíta, à qual Assad pertence.
A organização classificou a mutilação de corpos como um crime de guerra, mas alertou que o problema maior é a rápida deterioração do conflito em uma espiral de retórica e violência sectária. O vídeo gerou revolta tanto entre apoiadores de Assad quanto entre setores da oposição, expondo a brutalidade que passou a definir a guerra. Para reflexões sobre os impactos humanitários de conflitos, acompanhe o blog!

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