Em meio a uma crescente tensão geopolítica na América do Sul, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, fez uma declaração contundente que ecoa além das fronteiras nacionais. Em resposta à mobilização militar dos Estados Unidos no Caribe — oficialmente voltada ao combate ao narcotráfico — Ali afirmou que seu governo apoiará qualquer ação que elimine ameaças à segurança guianense, inclusive aquelas que envolvem a soberania territorial.
“Apoiaremos tudo o que elimine qualquer ameaça à nossa segurança, não apenas em termos de soberania (...). Devemos nos unir para combater o crime transnacional, para combater o narcotráfico”, declarou Ali em 1º de setembro de 2025.
A fala ocorre em um momento delicado, após relatos de que uma embarcação guianesa, transportando material eleitoral, teria sido alvejada por forças venezuelanas. O governo de Nicolás Maduro nega qualquer envolvimento e acusa a Guiana de tentar provocar uma escalada militar na região.
O pano de fundo dessa tensão é a histórica disputa pela região de Essequibo — uma área rica em petróleo e recursos naturais, que a Venezuela reivindica como parte de seu território. Em 2024, Maduro realizou um referendo interno sobre a anexação da área, alegando apoio popular à medida. A Guiana, por sua vez, considera a ação uma ameaça direta à sua integridade territorial e busca apoio internacional para conter avanços venezuelanos.
A presença militar dos EUA no Caribe, embora oficialmente voltada ao combate ao tráfico de drogas, é vista por analistas como uma demonstração de força contra o regime de Maduro. A Guiana, alinhada aos interesses americanos, reforça sua posição como aliada estratégica na região.
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