A crise no sistema previdenciário brasileiro ganhou um novo capítulo explosivo. Após a aprovação unânime da CPMI do INSS, o ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, recebeu um pedido formal para decretar a prisão preventiva de 21 investigados por envolvimento em um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas.
A operação, batizada de “Sem Desconto”, revelou uma rede sofisticada de corrupção que operava entre 2019 e 2025, desviando recursos por meio de empréstimos consignados fraudulentos, descontos indevidos e manipulação de dados previdenciários. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 6,3 bilhões, afetando diretamente milhares de beneficiários do INSS.
Entre os principais nomes citados estão:
- Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, apontado como operador central do esquema
- Márcio Alaor de Araújo, conhecido como Papa Consignado, com ligações diretas a instituições financeiras envolvidas
- Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, que renunciou ao cargo após a revelação dos fatos
A CPMI justificou o pedido de prisão com base na gravidade dos crimes, no risco de obstrução das investigações e na necessidade de preservar a ordem pública. A Advocacia do Senado já encaminhou o requerimento ao STF, e a decisão está agora nas mãos de Mendonça.
A expectativa é que o ministro se manifeste nos próximos dias, podendo transformar o caso em um marco na luta contra a corrupção previdenciária. Parlamentares da oposição classificaram a medida como “um passo necessário para proteger os mais vulneráveis da sociedade”.
Este episódio reacende o debate sobre a vulnerabilidade dos sistemas públicos frente à ação de quadrilhas especializadas e levanta questionamentos sobre a fiscalização de contratos entre o INSS e instituições financeiras.
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