O cantor Netinho, conhecido pelo hit “Milla”, enfrentou uma grave crise de saúde que o levou à UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após complicações iniciadas em Salvador. Tudo começou com uma dor intensa na coxa direita durante um treino de musculação, diagnosticada como um raro rompimento do músculo ilíaco. Exames subsequentes revelaram alterações hepáticas, e uma biópsia no fígado desencadeou uma hemorragia atípica, que não foi controlada naturalmente pelo órgão, como seria esperado. Médicos, incluindo o cirurgião Jorge Bastos e o clínico Jackson Noya, que atendia Netinho há sete anos, suspeitaram que o uso de anabolizantes e hormônios, prescritos por médicos fora da Bahia, estava por trás dos problemas.
Segundo os profissionais, Netinho utilizava esteroides e substâncias como testosterona, progesterona e hormônio do crescimento (GH) para ganho muscular e supostamente para retardar o envelhecimento. Essas drogas, cujo uso estético é proibido pelo Conselho Federal de Medicina, podem dilatar os vasos do fígado e dissolver coágulos, aumentando o risco de hemorragias. A equipe médica de Salvador só descobriu o uso dessas substâncias após a complicação da biópsia, o que limitou precauções iniciais. A situação se agravou com uma infecção causada por bactérias intestinais que atingiram o fígado, exigindo cirurgia para limpar a região abdominal.
Transferido para São Paulo, Netinho apresentou melhora clínica e laboratorial até 12 de maio de 2013, respirando sem aparelhos e mantendo a consciência, embora permanecesse na UTI em estado grave. Sua irmã, Claudia, relatou sinais de recuperação, como sorrisos e respostas com os olhos. Amigos, como Claudia Leitte, Daniela Mercury e Manno Góes, expressaram apoio, desejando seu retorno aos palcos, onde brilhou desde 1986 com a Banda Beijo e, a partir de 1993, em carreira solo.
A família não quis comentar as suspeitas sobre anabolizantes, mas o caso destaca os perigos dessas substâncias, que podem causar danos hepáticos severos e outras complicações. A trajetória de Netinho, marcada por superação, reflete a gravidade do uso indevido de medicamentos para fins estéticos e a importância de cuidados médicos responsáveis.
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