A Justiça de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, decretou a prisão temporária de Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos, suspeito de participar do brutal assassinato da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos. O crime ocorreu na quinta-feira, 25 de abril, no consultório odontológico da vítima, localizado no bairro Jardim Anchieta. A Polícia Civil também divulgou retratos-falados de outros dois suspeitos e busca um quarto comparsa que teria dado cobertura à quadrilha.
O crime chocou pela crueldade. Por volta das 12h30, três criminosos invadiram o consultório enquanto Cinthya atendia uma paciente. Sob o pretexto de uma dor de dente, conseguiram entrar e anunciaram o assalto. Sem encontrar dinheiro, a dentista entregou seu cartão bancário e a senha. Dois assaltantes, incluindo Jonatas, foram a um posto de gasolina próximo para sacar dinheiro, mas descobriram que a conta tinha apenas R$ 30. Irritados, retornaram ao consultório, onde, após uma discussão, jogaram álcool na vítima e atearam fogo, causando sua morte no local. A paciente, rendida e encapuzada, ouviu os gritos de Cinthya, que implorava por sua vida, e relatou à polícia que os criminosos afirmaram não ser a primeira vez que matavam. Os assaltantes fugiram em um Audi A3, pertencente à mãe de Jonatas, conduzido por um quarto comparsa.
Jonatas foi identificado por imagens de câmeras de segurança do posto onde tentou o saque, e sua própria mãe, ao ver as imagens, confirmou sua identidade na delegacia. O veículo usado no crime foi localizado em Diadema, e a mãe do suspeito informou que ele pegou o carro emprestado, devolvendo-o na tarde do crime. A quadrilha, segundo a Polícia Civil, é suspeita de pelo menos dois outros assaltos a consultórios odontológicos na região, utilizando uma pistola prateada como característica marcante.
O delegado seccional Waldomiro Bueno Filho, do 2º Distrito Policial de São Bernardo, destacou o esforço para esclarecer o caso, refazendo a rota de fuga dos criminosos e coletando depoimentos de testemunhas. Um menor ouvido como testemunha foi liberado, sem envolvimento confirmado. O delegado geral Luiz Mauricio Souza Blazeck pediu a prisão preventiva de Jonatas, reforçando a gravidade do crime.
Cinthya, solteira, vivia com os pais e uma irmã com deficiência mental, em uma casa ao lado do consultório. Sua mãe auxiliava na marcação de consultas. O corpo da dentista foi enterrado na sexta-feira, 26 de abril, no Cemitério Vila Euclides, em um velório com caixão lacrado, devido à extensão das queimaduras. O caso gerou comoção e indignação, com a família e a comunidade exigindo justiça diante da brutalidade do crime.
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