Bagdá, capital do Iraque, foi palco de três explosões no mesmo dia em que sediava uma histórica cúpula da Liga Árabe. O encontro, o primeiro no país em mais de duas décadas, tinha como foco principal a crise na Síria e a busca por soluções para o conflito que já resultou em milhares de mortes.
Uma das explosões ocorreu próximo à Embaixada do Irã, na chamada Zona Verde, área de segurança reforçada onde a cúpula era realizada. Apesar do impacto, autoridades não divulgaram detalhes sobre a segunda explosão, e não há relatos de vítimas.
O governo iraquiano atribuiu os ataques à Al-Qaeda, alegando que o grupo terrorista tentava intimidar os líderes árabes e impedir a realização da reunião. Para o Iraque, a cúpula representava uma oportunidade de reafirmar sua posição no mundo árabe após a retirada das forças americanas, concluída em dezembro.
Tensões e Representação Limitada
Apesar da importância do evento, apenas 10 dos 22 líderes árabes compareceram à cúpula. O emir do Kuwait foi o único representante das seis nações do Golfo, refletindo as tensões entre esses países e o Iraque.
A crise síria dominou as discussões, com o Catar e a Arábia Saudita pressionando por ações mais assertivas contra o governo de Bashar Al-Assad. O premiê do Catar alertou que a Liga Árabe enfrentaria uma “desgraça” se os sacrifícios do povo sírio fossem ignorados.
Entre as medidas estudadas estavam o fornecimento de armamentos para rebeldes sírios e a criação de uma zona de proteção na fronteira com a Turquia, que funcionaria como um campo de refugiados.
O encontro expôs divisões internas e desafios diplomáticos, evidenciando a complexidade da situação no Oriente Médio e a dificuldade em encontrar soluções eficazes para os conflitos na região.
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