Um caso chocante de maus-tratos a animais ganhou repercussão nacional a partir de Formosa, Goiás, a 289 km de Goiânia. Um vídeo, amplamente divulgado na internet, mostrava a enfermeira Camila Corrêa Alves de Araújo, de 22 anos, espancando um cachorro da raça Yorkshire com um balde, jogando-o contra o chão e a parede, enquanto seu filho de 2 anos estava presente. As imagens, que circularam a partir de 17 de novembro daquele ano, tornaram-se o assunto mais comentado em redes sociais como Twitter e Facebook, além de viralizarem no YouTube.
Segundo a Polícia Civil de Formosa, o Yorkshire morreu três dias após as agressões, que teriam ocorrido em 13 de novembro de 2011. A investigação foi iniciada em 21 de novembro, após denúncias ao Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público. O delegado responsável, Carlos Firmino Dantas, apontou que o caso ia além de maus-tratos, envolvendo possível tortura psicológica contra a criança presente, o que levou à abertura de inquéritos tanto na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) quanto na Delegacia de Crimes Ambientais (Dema). A delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, determinou que a criança passasse por perícia psicológica em Goiânia para avaliar os impactos do ocorrido.
Lourdes França Rabelo, presidente da ONG Biodefesa, destacou que casos de maus-tratos frequentemente refletem falta de educação e repetição de comportamentos violentos observados na infância, já que "toda criança nasce gostando de animais, mas algumas mudam por influência do ambiente". A comoção pública levou a várias denúncias, que foram encaminhadas à Coordenação das Promotorias de Formosa para providências.
Não há informações públicas sobre a conclusão do caso ou a condenação de Camila, mas o crime de maus-tratos a animais, agravado pela morte do cão, pode levar a penas de 2 a 5 anos de prisão, além de multa, conforme a Lei nº 9.605/1998 e a Lei nº 14.064/2020, que aumentou a punição para casos envolvendo cães e gatos.
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