Em uma ação histórica contra a contravenção, a Polícia Civil, em parceria com o Gaeco e o Ministério Público, deflagrou a Operação Dedo de Deus em dezembro de 2011. A ofensiva foi realizada simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia e Pernambuco, com o objetivo de desmantelar redes criminosas ligadas ao jogo do bicho.
Ao longo da operação, 33 pessoas foram presas, incluindo o ex-prefeito de Teresópolis, Mário Tricano. O trabalho envolveu 680 agentes, entre eles 120 delegados, que cumpriram 60 mandados de prisão e 125 de busca e apreensão. Para intensificar as buscas, um helicóptero foi utilizado no Rio de Janeiro, permitindo abordagens estratégicas em áreas de difícil acesso.
Um dos momentos mais impressionantes ocorreu na Avenida Atlântica, em Copacabana, onde policiais desceram de rapel para interceptar suspeitos. A investigação também se estendeu ao barracão da Beija-Flor, na Cidade do Samba, reforçando o impacto da operação sobre figuras influentes do esquema criminoso.
O golpe contra a estrutura do jogo do bicho foi significativo, causando um prejuízo estimado em quase R$ 4 milhões às organizações envolvidas. Durante as buscas, agentes encontraram dinheiro oculto em compartimentos secretos, como paredes e sistemas de esgoto de apartamentos de luxo.
A Operação Dedo de Deus foi um marco na luta contra a contravenção no país, revelando a profundidade e a complexidade das redes criminosas operando sob essa prática ilegal. Seu impacto reverberou na política de segurança pública e nas estratégias de combate à corrupção nos anos seguintes.
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