Luzes Urbanas: A Nova Fronteira na Busca por Vida Extraterrestre, Propõe Estudo

Roberto Farias
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Uma abordagem inovadora para a busca por vida extraterrestre foi apresentada esta semana em um artigo da revista Astrobiology. Em vez de focar em sinais de rádio ou pulsos de laser, métodos tradicionais para detectar civilizações alienígenas, os astrônomos Avi Loeb e Edwin Turner sugerem rastrear as luzes urbanas como um indicativo mais confiável. A evolução tecnológica humana revela as limitações das técnicas atuais: com o uso crescente de fibras ópticas, os sinais de rádio, antes predominantes, diminuíram, tornando a humanidade menos detectável por possíveis observadores extraterrestres.
Para os autores, a iluminação artificial é uma pista promissora, já que civilizações avançadas provavelmente desenvolveriam luzes para os períodos de escuridão. "Procurar cidades alienígenas seria um caminho longo, mas não exigiria mais recursos", explica Avi Loeb, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos EUA. A estratégia consiste em observar variações na emissão de luz de um planeta enquanto ele orbita sua estrela, destacando áreas iluminadas artificialmente em contraste com regiões escuras. No entanto, os telescópios atuais ainda não têm capacidade para essa detecção.
Do espaço, seria possível identificar uma metrópole do porte de São Paulo se estivesse no Cinturão de Kuiper, região do Sistema Solar que abriga planetas-anões como Plutão e Éris. "É muito pouco provável que haja cidades alienígenas dentro do Sistema Solar, mas o princípio da ciência é encontrar um método de checar isso", destaca Edwin Turner, da Universidade de Princeton. Ele compara a abordagem ao experimento de Galileu, que desafiou a crença de que objetos pesados caem mais rápido, provando que a velocidade é a mesma. A busca por luzes urbanas extraterrestres abre uma nova perspectiva, trazendo esperança e criatividade à exploração do cosmos.

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