Em meio a um cenário de crescente tensão, as autoridades sírias, que restringiram o acesso da maior parte da mídia estrangeira ao país, atribuem a responsabilidade pela violência a grupos armados, alegando que 1.100 membros das forças de segurança foram mortos. Enquanto protestos majoritariamente pacíficos continuam, ataques contra as forças do governo por desertores do Exército têm se intensificado. Ativistas relatam um saldo trágico apenas na quinta-feira, com pelo menos 30 civis e 26 soldados mortos, marcando novembro de 2011 como um dos períodos mais letais desde o início do levante contra o regime.
A Liga Árabe, apesar de propor um acordo de paz, não conseguiu frear a repressão do governo sírio contra os manifestantes, deixando as nações árabes profundamente divididas. Uma reunião marcada para sábado, no Cairo, parece improvável de gerar avanços, segundo autoridades que participarão do encontro. A possibilidade de suspender a filiação da Síria na organização é vista com ceticismo, já que países como Iêmen, Líbano e Argélia se opõem a medidas duras contra o presidente Bashar al-Assad, preocupados com o impacto que uma intervenção poderia ter em suas próprias populações descontentes.
Por outro lado, a Arábia Saudita, ao lado de nações do Golfo como Catar, Omã e Bahrein, defende uma postura mais firme contra Assad, aliado do Irã, seu rival regional. Essa divisão reflete as complexas dinâmicas geopolíticas, com diplomatas apontando resistências que dificultam uma ação unificada. A crise na Síria, marcada por violência crescente e impasses diplomáticos, continua a desafiar a comunidade internacional em busca de uma solução para o conflito.
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