Em uma operação conduzida pela Polícia Federal e agentes da Interpol, dois brasileiros foram presos em 2011, acusados de envolvimento em um assassinato brutal ocorrido em Tóquio, Japão, a mando da Yakuza, a temida máfia japonesa.
Os suspeitos, Cristiano Ito, conhecido como Javali, de 35 anos, e Marcelo Cristian Gomes Fukuda, de 31 anos, estavam foragidos há dez anos e foram capturados em Mogi das Cruzes e Campinas, respectivamente. Segundo a PF, Javali possuía uma tatuagem azulada na nuca e parte da cabeça, marca característica da organização criminosa.
O crime ocorreu na madrugada de 4 de junho de 2001, quando os dois homens invadiram a residência do comerciante Yoshitaka Kawakami e o assassinaram a tiros. Sua esposa, Naomi Kawakami, também foi atacada, sendo asfixiada e espancada com a coronha de uma arma. O caso chocou o Japão pela violência dos matadores.
A investigação revelou que o mandante do crime foi Ikebe Tetsuo, irmão gêmeo de Yoshitaka, que contratou a Yakuza para executar o assassinato. Segundo documentos da polícia japonesa, Tetsuo nutria um ódio profundo pelo irmão desde a infância e decidiu eliminá-lo.
Os criminosos receberam 3 milhões de ienes (cerca de R$ 71 mil) pelo serviço. A prisão foi realizada com base em uma ordem do 5.º Tribunal do Júri da Capital, e a operação foi conduzida pelo delegado Marcelo Sabadin e agentes da Interpol/SP.
A polícia japonesa reuniu um extenso dossiê sobre o caso, detalhando a participação de cada envolvido. Fukuda foi identificado como o autor dos disparos contra Yoshitaka, enquanto Javali foi responsável pela agressão à esposa da vítima. O relatório concluiu que a Yakuza terceirizou a execução do crime, fornecendo instruções detalhadas aos assassinos.
Essa operação reforçou a cooperação internacional no combate ao crime organizado e evidenciou a presença da Yakuza em redes criminosas que se estendem além do Japão.
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