Amanda Knox Faz Apelo Emocionado por Absolvição em Julgamento na Itália

Roberto Farias
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Nesta segunda-feira, 3 de outubro de 2011, a estudante americana Amanda Knox, visivelmente abalada, fez um apelo emocionado ao tribunal de Perugia, na Itália, pedindo absolvição pela acusação de assassinar sua ex-colega de quarto, a britânica Meredith Kercher. Tremendo e lutando contra as lágrimas, Knox declarou: "Eu sou a mesma pessoa que era há quatro anos. Perdi uma amiga da forma mais brutal e inexplicável possível. Minha confiança nas autoridades policiais foi traída, e estou pagando com minha vida por algo que não fiz."
Knox e seu então namorado, Raffaele Sollecito, contestam o veredicto de 2009 que os condenou pelo assassinato de Meredith, estudante de intercâmbio da Universidade de Leeds, em um suposto jogo sexual violento movido a drogas. O júri, formado por dois juízes e seis jurados, pode confirmar, reduzir ou suspender a sentença, ou até aumentá-la para prisão perpétua. Um novo recurso à suprema corte italiana ainda é possível. A decisão é aguardada para a noite de hoje.
O Crime
Meredith Kercher foi encontrada morta em novembro de 2007, com a garganta cortada, no apartamento que dividia com Knox em Perugia. A arma do crime, uma faca de cozinha, foi localizada com Sollecito. A defesa de Amanda, que tinha 20 anos na época, questiona a validade da análise de DNA que a ligou ao assassinato.
Medo de Fuga
Na sexta-feira, 30 de setembro, o promotor Giuliano Mignini pediu a manutenção da condenação, expressando receio de que Knox fuja para os Estados Unidos caso seja libertada. "Se o veredicto for cancelado, haverá uma fuga transatlântica imediata", alertou. Em caso de absolvição, ambos seriam soltos na hora, e um eventual novo julgamento poderia ocorrer sem a presença de Knox, se ela retornasse aos EUA.
Defesa e Críticas
Na quinta-feira, 29 de setembro, o advogado de Knox, Carlo Dalla Vedova, defendeu que a jovem, então ingênua, foi "crucificada" e "empalada em praça pública" por acusações infundadas. Ele criticou erros na investigação policial e o "tsunami midiático" que retratou Knox como uma pessoa obcecada por sexo, pedindo ao júri que rejeite essa imagem distorcida.
O caso, que mistura drama, controvérsias e intensa cobertura da mídia, mantém o mundo atento ao desfecho em Perugia, enquanto Knox e Sollecito lutam por sua liberdade.

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