Homem "Ressuscita" em Necrotério e Choca Funcionários na África do Sul

Roberto Farias
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Em um caso que parece saído de um filme de terror, um sul-africano de 50 anos, dado como morto após um ataque de asma, acordou 21 horas depois dentro de um saco plástico na geladeira de um necrotério em Libode, África do Sul. O incidente, ocorrido em 2025, deixou funcionários em pânico e levantou sérias questões sobre os protocolos de declaração de óbito no país.
O Despertar no Frio
Tudo começou quando a família do homem o encontrou inconsciente em casa, vítima de um grave ataque de asma. Convencidos de que ele havia falecido, os parentes chamaram um agente funerário, que o levou ao necrotério. Lá, o corpo foi colocado em um saco e armazenado na geladeira, como é padrão. Quase 24 horas depois, gritos desesperados ecoaram no local, aterrorizando dois funcionários que, em choque, fugiram acreditando se tratar de um fantasma.
Após o susto inicial, os atendentes retornaram com reforços e encontraram o homem vivo, tremendo de frio, mas consciente. Ele foi imediatamente transferido para um hospital, onde passou por exames para avaliar os efeitos da exposição prolongada ao frio extremo da câmara frigorífica.
Um Erro com Lições
Sizwe Kupelo, porta-voz do Departamento de Saúde da África do Sul, classificou o caso como um alerta. “É inaceitável concluir que alguém está morto sem avaliação profissional. Quantas pessoas já podem ter sido enterradas ou armazenadas vivas por causa de erros assim?”, questionou. O incidente expõe falhas nos procedimentos de verificação de óbito, especialmente em comunidades onde o acesso a médicos ou paramédicos qualificados pode ser limitado.
A família, que agiu de boa-fé, não imaginava que o homem ainda estava vivo, embora em estado crítico. Ataques graves de asma podem causar perda de consciência e redução drástica dos sinais vitais, levando a enganos como este. A ausência de um exame médico formal antes da remoção do corpo foi o fator determinante para o erro.
Impacto e Reflexões
O caso, embora tenha tido um desfecho relativamente positivo, com o homem sobrevivendo ao ocorrido, levanta preocupações globais. Protocolos frouxos para a declaração de óbito podem resultar em tragédias ainda maiores, como enterros prematuros. Na África do Sul, onde o sistema de saúde enfrenta desafios como sobrecarga e falta de recursos em áreas rurais, o incidente reforça a necessidade de:
  • Capacitação: Treinamento de comunidades e agentes funerários para reconhecer sinais vitais e evitar conclusões precipitadas.
  • Acesso à saúde: Garantir que médicos ou paramédicos estejam disponíveis para atestar óbitos, mesmo em regiões remotas.
  • Protocolos rigorosos: Implementar verificações obrigatórias, como eletrocardiogramas ou exames de pulso, antes de declarar uma morte.
O susto dos funcionários do necrotério, que inicialmente pensaram em um fenômeno sobrenatural, reflete o impacto emocional de erros tão graves. Para o homem, as quase 24 horas na geladeira poderiam ter custado sua vida, caso ele não tivesse acordado a tempo.
Um Chamado à Mudança
A história do “morto-vivo” de Libode é um lembrete de que a linha entre a vida e a morte exige cuidado e precisão. Como podemos evitar que casos assim se repitam? Quais medidas o sistema de saúde deve adotar para proteger os vulneráveis? Compartilhe suas reflexões nos comentários e junte-se ao debate sobre a importância de protocolos médicos mais seguros.

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