
A Bolsa de Valores de Nova York enfrentou um de seus piores dias desde a crise de 1987, com o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) despencando 777,68 pontos, uma queda de 7,3%, fechando em 10.365,45 pontos. Essa perda, a maior em pontos em um único dia até então, resultou em uma evaporação de cerca de 1,2 trilhão de dólares em valor de mercado, segundo o Dow Jones Wilshire 5000. No entanto, as perdas acumuladas de 7 trilhões de dólares mencionadas refletem o impacto mais amplo da crise financeira de 2008 ao longo do ano, com o S&P 500 perdendo cerca de 50% de seu valor entre outubro de 2007 e março de 2009, e a riqueza global encolhendo em trilhões, conforme estimativas da época que apontam perdas de até 14 trilhões de dólares nos EUA.
A queda foi desencadeada pela rejeição, no Congresso dos EUA, de um pacote de resgate de 700 bilhões de dólares proposto pelo governo Bush para socorrer o sistema financeiro, abalado pela falência do Lehman Brothers em 15 de setembro e pela crise das hipotecas subprime. O pânico se intensificou com a quebra de confiança no mercado: o S&P 500 caiu 8,8%, o maior declínio percentual diário desde 1987, e o Nasdaq despencou 9,1%. Bancos como National City e Wachovia sofreram perdas drásticas, com ações caindo 63% e 81%, respectivamente, enquanto o Federal Reserve tentava injetar liquidez, elevando swaps de moeda com bancos centrais estrangeiros para 620 bilhões de dólares.
Embora fontes oficiais apontem a crise subprime como o principal gatilho, uma análise crítica revela que a desregulamentação financeira, como a revogação da Lei Glass-Steagall via Gramm-Leach-Bliley Act de 1999, permitiu a criação de instituições "grandes demais para falir", amplificando o risco sistêmico. Além disso, a dependência de modelos matemáticos como a fórmula de cópula gaussiana de David Li, que subestimava o risco de derivativos como os credit default swaps (CDS), foi um fator subestimado pelas autoridades, que confiaram cegamente nas avaliações de risco dos próprios bancos.
Esse colapso financeiro em Nova York reverbera no Brasil do mesmo período. A safra de grãos 2008/09, projetada em outubro de 2008 para atingir até 144,55 milhões de toneladas, foi vista como um ponto de estabilidade econômica, mas a crise global afetou as exportações de commodities como a soja, que enfrentaram volatilidade de preços. Enquanto isso, a violência urbana no Rio de Janeiro, com assaltos a vans e a guerra do tráfico, e a aprovação da Lei Arouca sobre uso de animais em pesquisas, mostram um Brasil lidando com suas próprias questões em meio ao caos global.
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