Relatos e Contradições
Autoridades da região de Tyumen informaram que três drones foram abatidos sobre uma “instalação industrial” na noite de 6 de outubro, negando a ocorrência de explosões, incêndios ou vítimas. No entanto, canais locais no Telegram, como o Astra, citando testemunhas oculares, relataram pelo menos duas explosões nas proximidades da Refinaria Antipinsky — uma das maiores independentes da Rússia, com capacidade de processamento de até 9 milhões de toneladas de petróleo por ano. Vídeos publicados nas redes sociais mostram viaturas de bombeiros e ambulâncias se dirigindo ao local, no sudeste da cidade.
Detalhes da Operação
Padrão de Ataques à Infraestrutura Russa
O ataque se insere em uma campanha sistemática da Ucrânia contra o setor petrolífero russo. Desde agosto de 2025, 16 das 38 refinarias do país foram danificadas.
Incidentes recentes incluem:
- Ataques em Orenburg e Perm (3 de outubro), a 1.500 km da fronteira, atingindo uma refinaria e uma planta química.
- Paralisação da unidade principal de processamento em Kirishi, na região de Leningrado (4 de outubro), após uma série de ataques.
Essas ações comprometeram cerca de 38% da capacidade de refino primário da Rússia, provocando escassez de diesel e queda nas exportações — os menores níveis desde 2020.
Reações e Implicações Estratégicas
Postagens nas redes sociais refletem o otimismo ucraniano, com analistas destacando avanços tecnológicos em drones de longo alcance. “Kyiv continua a avançar tecnologicamente”, comentou o jornalista ucraniano-americano D.V. Kirichenko no X (antigo Twitter).
Enquanto Moscou minimiza os eventos como “interrupções técnicas”, a frequência dos ataques expõe fragilidades logísticas que podem impactar diretamente o esforço de guerra russo.
A expansão geográfica dos ataques — de alvos próximos à fronteira para o coração da Sibéria — sinaliza uma escalada na guerra assimétrica. Especialistas preveem novas interrupções no suprimento de combustível às tropas russas, agravando os efeitos das sanções ocidentais e aumentando a pressão econômica interna.
A Ucrânia, por sua vez, demonstra capacidade de projeção de poder sem violar territórios da OTAN, mantendo o foco em alvos militares e energéticos.
As investigações russas continuam, e novas atualizações são esperadas. Este episódio reforça que o conflito, agora em seu quarto ano, ultrapassa as linhas de frente e atinge diretamente as veias vitais da economia russa.
Não deixe de comentar !!!!!!