Proposta ou Isca? O Ataque em Doha e o Jogo Duplo da Diplomacia

TimeCras
Roberto Farias
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O que parecia ser um avanço rumo à paz se transformou em um episódio explosivo — literalmente. Em 9 de setembro de 2025, enquanto líderes do Hamas se reuniam em Doha para discutir uma proposta de cessar-fogo apresentada por Donald Trump, Israel lançou uma ofensiva aérea contra o local da reunião, atingindo diretamente a capital do Catar.

A proposta americana exigia a libertação imediata de 48 reféns, vivos ou mortos, como condição para iniciar a trégua. A delegação palestina estava em processo de análise quando o ataque ocorreu, levantando suspeitas sobre o timing e a intenção por trás da ação.

Fontes internacionais indicam que o ataque foi autorizado com conhecimento prévio da movimentação diplomática. Entre os alvos estava Khalil al-Hayya, figura central do Hamas e negociador direto com representantes americanos e catarianos. A operação, segundo autoridades israelenses, foi planejada com base em inteligência que apontava a presença de líderes envolvidos nos ataques de outubro de 2023.

O governo do Catar reagiu com indignação, classificando o bombardeio como uma violação grave da soberania nacional e um atentado contra os esforços de paz. A comunidade internacional está dividida: enquanto alguns países condenam o ataque, outros mantêm silêncio estratégico.

Esse episódio levanta uma questão incômoda: a diplomacia está sendo usada como cortina de fumaça para execuções políticas? A linha entre negociação e eliminação de alvos nunca pareceu tão tênue.


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