A capital francesa voltou a ser palco de intensos protestos após o anúncio do governo de que pensões e benefícios sociais não serão mais reajustados conforme a inflação. A medida, parte de um plano de austeridade para conter gastos públicos, provocou uma onda de indignação que rapidamente se transformou em mobilização nacional.
Na Gare de Lyon, uma das principais estações ferroviárias de Paris, manifestantes ocuparam o local em um ato simbólico de resistência. O movimento, que começou pacificamente, evoluiu para confrontos diretos com a polícia. Barricadas foram erguidas, vias bloqueadas e houve uso de gás lacrimogêneo para dispersar os grupos mais radicais.
🚨 Até o momento, quase 200 pessoas foram detidas em diferentes pontos da cidade. Em outras regiões da França, como Rennes e Marselha, também foram registrados episódios de vandalismo e enfrentamentos com as forças de segurança.
A decisão do governo francês de congelar os reajustes sociais ocorre em meio a uma crise política interna. A recente troca de primeiro-ministro — com a saída de François Bayrou e a entrada de Sébastien Lecornu — não acalmou os ânimos, e muitos veem as medidas como um ataque direto aos mais vulneráveis.
O movimento popular, que ganhou força nas redes sociais sob o lema “Vamos Bloquear Tudo”, reúne sindicatos, estudantes, aposentados e trabalhadores precarizados. A insatisfação generalizada lembra os protestos dos coletes amarelos, mas com uma nova geração à frente e demandas mais amplas.
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