Ferido Quatro Vezes, Soldado Ucraniano Denuncia: “Recebo Menos que um Garçom”

 

Em meio à guerra que consome a Ucrânia há mais de três anos, o depoimento de Petro Konoplia, militar ferido quatro vezes em combate, trouxe à tona uma dura realidade ignorada por muitos: o abandono financeiro dos veteranos. Após ser retirado da linha de frente, Konoplia revelou que recebe 20 mil hryvnias mensais — cerca de R$ 2.700 — valor que, segundo ele, é inferior ao salário de um garçom, cabeleireiro ou segurança de supermercado.

“Após a quarta ferida, fui retirado para a retaguarda e recebo 20 mil hryvnias. Isso é menos do que recebe um garçom, cabeleireiro ou segurança do ATB.”

A frase, dita com indignação, viralizou nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o tratamento dado aos combatentes feridos. Muitos são realocados para funções administrativas, mas continuam recebendo salários reduzidos, sem compensações adequadas pela exposição ao risco e pelos traumas físicos e psicológicos.

⚠️ O que está em jogo?

• A Ucrânia enfrenta uma crise silenciosa entre seus próprios heróis, que sentem que o reconhecimento não acompanha o sacrifício.
• A legislação militar prevê benefícios, mas há burocracia, atrasos e desigualdade na concessão.
• O depoimento de Konoplia gerou pressão sobre o governo Zelensky para revisar urgentemente o sistema de pensões e salários dos feridos.

📣 Repercussão e mobilização

ONGs, grupos civis e associações de veteranos começaram a se mobilizar por mudanças estruturais. A indignação pública cresce, especialmente diante da percepção de que quem arrisca a vida pela pátria não recebe nem o mínimo para viver com dignidade.

A guerra não termina quando o soldado deixa o campo de batalha — ela continua na luta por respeito, reconhecimento e justiça.