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Em um movimento audacioso que redefine os limites da guerra moderna, drones de longo alcance atribuídos ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) cruzaram mais de 1.400 km de território russo e atingiram diretamente a refinaria Gazprom Neftekhim Salavat, localizada em Bashkortostan — uma das maiores e mais estratégicas plantas petroquímicas da Rússia.
O ataque, ocorrido em 18 de setembro de 2025, provocou uma explosão de grandes proporções na unidade de destilação primária ELOU-AVT-4, essencial para a produção de combustíveis como gasolina, diesel e querosene. Embora autoridades locais tenham afirmado que não houve vítimas, o impacto estrutural e econômico é inegável.
Este episódio marca uma escalada sem precedentes na capacidade ofensiva da Ucrânia, demonstrando que suas operações não estão mais limitadas às zonas de fronteira. A ação também expõe vulnerabilidades críticas na infraestrutura energética russa, que já enfrenta uma redução de cerca de 17% na capacidade de refino desde o início da campanha de ataques ucranianos em meados de 2025.
Além das implicações militares, o ataque pode gerar efeitos colaterais no mercado global de combustíveis, especialmente com a aproximação do inverno no hemisfério norte. A escassez de derivados de petróleo em várias regiões da Rússia já é perceptível, e analistas alertam para possíveis reflexos nos preços internacionais.
A guerra híbrida ganha novos contornos — e Bashkortostan, antes distante do front, agora se torna símbolo da nova geografia do conflito.
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