Na manhã de 3 de julho de 2025, a histórica cidade de Poltava, no centro da Ucrânia, foi abalada por um ataque devastador. Por volta das 9h, três drones kamikaze do tipo "Geran" (conhecidos também como Shahed), atribuídos às forças russas, atingiram o Centro de Recrutamento Militar (TCC) localizado no Poltava United City Shopping Center. O impacto desencadeou um incêndio de grandes proporções, com densas colunas de fumaça visíveis em vídeos que circularam nas redes sociais. Um segundo ataque, nas proximidades do Poltava Regional Shopping Mall, incendiou uma área residencial, danificando casas, veículos e infraestruturas. O saldo preliminar é trágico: ao menos duas pessoas morreram e onze ficaram feridas, incluindo civis e militares, segundo o governador Volodymyr Kohut.
O ataque ao TCC, essencial para a mobilização militar ucraniana, reflete a intensificação das ofensivas russas no conflito que já dura mais de três anos. Fontes indicam que os drones se aproximaram por diferentes direções, dificultando a defesa aérea. Entre os feridos, estão dois militares do TCC e duas funcionárias das Forças Armadas, conforme relatado por Vitaliy Sarantsev, porta-voz das Forças Terrestres da Ucrânia. A secretária do Conselho Municipal, Kateryna Yamshchykova, descreveu o ataque como "massivo", com alertas aéreos emitidos a partir das 8h40, quando os drones foram detectados. Equipes de emergência resgataram ao menos dez pessoas, e um quartel-general foi estabelecido para coordenar os esforços de socorro.
Poltava, com cerca de 279.593 habitantes, é um símbolo de resiliência, marcada por sua história, como a Batalha de Poltava (1709), e monumentos como o Mosteiro da Exaltação da Santa Cruz. Contudo, a cidade tem sido alvo recorrente devido à sua relevância estratégica. O ataque ao TCC não apenas compromete a mobilização militar, mas também atinge a população local, com relatos de uma possível vítima civil notória, a atriz Anastasia Kolvakh. Enquanto fontes russas sugerem apoio local aos ataques por resistência à conscrição, autoridades ucranianas, como o parlamentar Oleksii Ustenko, condenam a ação como terrorismo, destacando os danos a áreas civis.
O contexto do ataque é agravado pela suspensão de parte da ajuda militar dos EUA à Ucrânia, anunciada no mesmo dia, o que gerou críticas de líderes como Volodymyr Zelensky. A Força Aérea Ucraniana relatou que, na mesma noite, mais de 50 drones russos atacaram o país, com apenas sete neutralizados, evidenciando a pressão sobre as defesas. A comunidade internacional, incluindo aliados da OTAN como a Polônia, urge por maior apoio à Ucrânia.
Este episódio em Poltava reforça o custo humano e material da guerra. Enquanto a cidade enfrenta o trauma e busca recuperação, o ataque sublinha a necessidade urgente de proteger civis e buscar soluções para o conflito.
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