A proposta de ajuste fiscal apresentada pelo governo federal já começa a provocar atritos no Congresso Nacional. Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, fez duras críticas ao pacote, destacando que as medidas devem enfrentar resistência tanto entre os parlamentares quanto no setor produtivo.
O pacote, articulado pela equipe do ministro Fernando Haddad, propõe novos tributos sobre investimentos antes isentos — como LCIs e LCAs — e taxas mais altas para fintechs e plataformas de apostas. A principal queixa dos congressistas gira em torno do desequilíbrio entre aumento de arrecadação e ausência de corte de gastos públicos. Para eles, não é aceitável transferir o ônus fiscal à população e aos mercados sem que o governo dê o exemplo de responsabilidade.
Parlamentares também questionaram o modo como a proposta foi apresentada: de forma apressada, sem um diálogo amplo com os líderes da base e da oposição. O clima é de incerteza, e as chances de o pacote passar como está são cada vez menores. Tudo indica que o Congresso vai tentar modificar ou barrar pontos sensíveis da proposta — especialmente aqueles que afetam setores estratégicos como o agronegócio e o setor imobiliário.
Esse impasse reforça a necessidade de articulação política mais eficaz por parte do Executivo, que, sem apoio sólido, pode ver sua agenda econômica emperrar ainda mais.
Excelente!!
ResponderExcluir