O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alertou hoje sobre uma possível escalada no conflito com a Rússia, afirmando que as forças russas podem estar planejando destruir e capturar a cidade portuária de Odessa, seguida por um avanço em direção às fronteiras com a Moldávia e a Romênia. Em um discurso transmitido ao vivo, Zelensky declarou que "a ameaça a Odessa não é apenas um ataque local, mas parte de uma estratégia mais ampla para enfraquecer a Ucrânia e pressionar os países vizinhos".
Odessa, um importante centro econômico e cultural no Mar Negro, tem sido alvo de repetidos bombardeios russos nos últimos meses. Um ataque recente, ocorrido na terça-feira, resultou na morte de pelo menos duas pessoas no porto da cidade, segundo autoridades locais. A região, vital para as exportações ucranianas, especialmente de grãos, tem sofrido intensos ataques desde que Moscou abandonou o acordo de exportação de grãos em 2023.
Zelensky enfatizou que a captura de Odessa poderia abrir caminho para uma expansão russa na região, citando a proximidade da Transnístria, uma região separatista pró-Rússia na Moldávia, e a fronteira com a Romênia, membro da OTAN. "Se Odessa cair, a segurança de toda a Europa Oriental estará em risco", afirmou o presidente, pedindo apoio urgente à comunidade internacional, incluindo armas e assistência humanitária.
Analistas militares apontam que um avanço russo além de Odessa enfrentaria desafios logísticos significativos, mas a presença de tropas russas na Transnístria e os recentes ganhos territoriais na região de Donetsk alimentam preocupações. A Moldávia, que já denunciou interferências russas em suas eleições, reforçou suas defesas, enquanto a Romênia monitora de perto a situação na fronteira.
O Kremlin não comentou diretamente as declarações de Zelensky, mas fontes russas negaram planos de expansão além da Ucrânia, afirmando que os ataques visam apenas alvos militares. Enquanto isso, a OTAN realiza consultas de emergência para avaliar a situação, com líderes ocidentais expressando solidariedade à Ucrânia, mas sem comprometer-se com uma resposta militar direta.
A população de Odessa vive em alerta, com relatos de moradores buscando abrigos subterrâneos após os últimos ataques. A crise humanitária na região continua a se agravar, com milhares de deslocados e infraestrutura crítica danificada.
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