A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o advogado Marco Antônio de Vicente Júnior, conhecido nas redes sociais como Marco Vicenzo, por supostamente administrar um grupo de WhatsApp voltado a alertar motoristas sobre operações de fiscalização do Detran-DF. O grupo, chamado “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, reunia mais de 100 participantes e compartilhava em tempo real a localização de blitzes.
Segundo o inquérito instaurado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará II), a atuação do advogado vai além da simples divulgação de informações: ele é acusado de incitar o desacato a agentes públicos, disseminar desinformação sobre as leis de trânsito e estimular a população a confrontar operações de fiscalização. Em vídeos publicados nas redes sociais, Vicenzo afirma que o Detran não pode remover veículos com IPVA atrasado — o que contraria o Código de Trânsito Brasileiro.
O caso ganhou notoriedade após uma blitz em São Sebastião (DF), onde, segundo o Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-DF), houve tumulto e aumento de confrontos após publicações do advogado. A entidade denunciou o caso à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Ministério Público, que determinou a abertura do inquérito.
Vicenzo nega as acusações e afirma que está sendo perseguido por criticar o que chama de “indústria da multa”. No entanto, prints do grupo mostram seu número como administrador e mensagens que incentivam a resistência às ações do Detran.
As investigações seguem em andamento e podem resultar em sanções criminais e disciplinares, incluindo incitação ao crime e desacato, conforme previsto no Código Penal.
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