A política brasileira segue em chamas com a denúncia protocolada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Procuradoria-Geral da República (PGR), em 22 de maio de 2025. O PT acusa Eduardo de atentar contra a soberania nacional, crime previsto no artigo 359-I do Código Penal, ao articular nos Estados Unidos uma campanha para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes. A denúncia, que pede a prisão preventiva do parlamentar, alega que suas reuniões com figuras como o deputado Cory Mills e o senador Marco Rubio visam impor sanções contra Moraes, incluindo bloqueio de bens e cancelamento de vistos, em retaliação a investigações sobre tentativa de golpe e milícias digitais.
Eduardo, que desde março de 2025 está em autoexílio nos EUA, onde anunciou permanecer por tempo indeterminado temendo a perda de seu passaporte, intensificou o tom contra o PT e o STF. Em entrevista à CNN, ele se declarou “o deputado mais importante do Brasil” e acusou o partido de Lula de orquestrar, junto a Moraes, um “jogo sujo” para calar a oposição, comparando o Brasil à Venezuela. Embora não haja registro de ameaças diretas ao PT, suas ações no exterior, como discursos na conferência conservadora CPAC e encontros com aliados de Donald Trump, foram interpretadas pelo partido como uma ofensiva contra as instituições brasileiras.
Reação de Carlos Bolsonaro: O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) saiu em defesa do irmão, usando o X para denunciar o que chama de perseguição. “Eduardo está lutando pela verdade, e eles querem nos calar. Nossa família não se rende”, postou (
, 23/05/2025). Ele também atacou a imprensa, acusando-a de ser “cúmplice do sistema” ao apoiar o governo Lula. A retórica de Carlos reforça a narrativa bolsonarista de vitimização, mobilizando apoiadores que veem a denúncia como uma tentativa de enfraquecer a oposição antes das eleições de 2026.
A denúncia do PT e a resposta de Carlos reacendem a polarização no Brasil, com reflexos nas redes sociais. No X, apoiadores de Eduardo, como o perfil
, chamam a ação de “abuso do STF e do PT”, enquanto críticos, como
, acusam o deputado de “trair o Brasil” ao buscar apoio estrangeiro. Enquanto a PGR avalia a denúncia, o embate promete manter o país em alerta, com o clã Bolsonaro no centro de mais uma tempestade política.
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