Servidores Públicos Federais Tomam as Ruas do Brasil por Salários e Direitos

TimeCras
Roberto Farias
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Servidores públicos federais de diversas categorias paralisaram atividades e realizaram protestos em várias cidades brasileiras, reivindicando melhores salários, valorização profissional e agilidade nas negociações com o governo. As manifestações, marcadas por caminhadas, faixas, apitos e carros de som, expressaram a insatisfação com a estagnação salarial e com o Decreto 7777/12, que permitia a substituição de grevistas por servidores estaduais, municipais ou terceirizados, uma medida vista como um ataque ao direito de greve.
No Rio de Janeiro, manifestantes se concentraram em frente à Igreja da Candelária, no Centro, marchando pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Com cartazes e gritos de ordem, os servidores exigiram melhores condições de trabalho, sob o olhar atento da Polícia Militar, que acompanhou o trajeto.
Em Porto Alegre, a mobilização bloqueou vias importantes, como a Avenida Padre Cacique, que liga a região sul ao centro da cidade. Os grevistas caminharam até o prédio da Receita Federal, reforçando o pedido por diálogo e valorização de suas carreiras.
Na capital federal, Brasília, a Praça dos Três Poderes foi palco de protestos contra o Decreto 7777/12. Sindicalistas criticaram a medida, que autorizava a substituição de servidores em greve, considerando-a uma tentativa de enfraquecer o movimento. A manifestação reuniu diversas categorias em busca de respeito e avanços nas negociações.
Em Recife, servidores do Ministério da Saúde e da Anvisa protestaram na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio. Organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social de Pernambuco, o ato cobrou do governo maior rapidez nas discussões com a categoria, que enfrentava perdas salariais acumuladas.
Já em Maceió, membros do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho de Alagoas realizaram um ato público no calçadão da Rua do Livramento, em frente à Secretaria Regional do Trabalho e Emprego. A manifestação destacou a luta por melhores salários e condições de trabalho, ecoando o movimento nacional.
Os protestos de agosto de 2012 marcaram um momento de tensão entre o governo e os servidores, que buscavam recuperar perdas salariais e garantir maior reconhecimento. O movimento, que mobilizou milhares de trabalhadores pelo país, colocou pressão sobre o governo Dilma Rousseff, que enfrentava o desafio de equilibrar demandas sindicais com as restrições orçamentárias da época. Esse episódio permanece como um marco na luta dos servidores públicos por dignidade e direitos.

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