Em 2012, a Polícia Civil do Distrito Federal abriu investigações contra cinco médicos suspeitos de abusar sexualmente de pacientes durante consultas, gerando indignação na capital. Quatro dos profissionais são servidores da Secretaria de Saúde do DF, e os casos teriam ocorrido em unidades de saúde no Gama, Taguatinga e Paranoá. Um dos casos mais graves envolve um clínico-geral de 54 anos, servidor do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), indiciado em abril por abusar de uma jovem de 20 anos em uma clínica particular em Taguatinga Norte.
O médico, casado e pai de dois filhos, ofereceu-se para realizar um exame ginecológico, embora não fosse ginecologista, em uma consulta no dia 17 de abril. A vítima, que optou pelo anonimato, relatou comportamento inadequado durante o atendimento. “Ele agiu de forma estranha, e confiei por achar que era profissional”, desabafou. Motivada a evitar novos casos, ela denunciou: “Quero justiça para que ele pague e pense duas vezes antes de fazer isso com outra pessoa”. Outros quatro casos, envolvendo três ginecologistas e um oftalmologista, também estão sob investigação.
A Secretaria de Saúde do DF informou que segue o Decreto nº 41.536/2020 para apurar casos de assédio sexual, com punições que podem ir de advertência à cassação de aposentadoria. As investigações continuam, e a sociedade cobra respostas para coibir tais abusos.
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