Na noite de 28 de abril de 2012, um crime hediondo abalou o município de Doverlândia, no sudoeste de Goiás, a 413 km de Goiânia. Sete pessoas foram brutalmente assassinadas em uma fazenda localizada a 43 km da cidade. As investigações, que devem começar nos próximos dias, estão sob a responsabilidade da 7ª Delegacia Regional da Polícia Civil, em Iporá. O delegado Vinícius Batista da Silva, que atendeu o caso durante o plantão, destacou a extrema crueldade dos criminosos, que degolaram todas as vítimas. Até agora, os responsáveis pelo crime permanecem desconhecidos.
Entre as possíveis motivações, a polícia considera a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). “Encontramos impressões digitais em um copo usado por um dos assassinos, com marcas de sangue. Nossa equipe retornará ao local com mais policiais para realizar uma varredura detalhada e buscar pistas nas proximidades”, informou o delegado. Ele também planeja entrevistar moradores da região para coletar informações que ajudem a direcionar as investigações.
As vítimas do massacre foram: Lázaro de Oliveira Costa, fazendeiro de 57 anos; seu filho, Leopoldo Rocha Costa, de 22 anos; o vaqueiro Heli Francisco da Silva, de 34 anos; Joaquim Manoel Carneiro, amigo do fazendeiro, de 61 anos; Miraci Alves de Oliveira, esposa de Joaquim, de 65 anos; Adriano Alves Carneiro, filho do casal, de 22 anos; e Tâmis Marques Mendes da Silva, noiva de Adriano, de 24 anos.
Um Grito na Escuridão
Segundo o sargento Divino Celso Teles, da Polícia Militar, um adolescente de 14 anos, filho do vaqueiro assassinado, estava no pasto da fazenda durante o crime e ouviu gritos. Desesperado, ele buscou o cunhado do fazendeiro, que estava em outra área da propriedade. A polícia revelou que Lázaro e Leopoldo foram mortos dentro da casa e arrastados até o banheiro pelos criminosos.
Na mesma noite, quatro visitantes chegaram à fazenda para encontrar o fazendeiro. Acompanhados pelo vaqueiro, eles foram atacados próximo à residência. Os gritos das vítimas alertaram o adolescente. Na manhã seguinte, 29 de abril, os corpos das outras cinco vítimas foram localizados em uma estrada vicinal próxima à propriedade.
“Não há indícios de que a casa tenha sido revirada. O criminoso parece ter ido diretamente ao quarto do fazendeiro, onde havia uma mala, mas nada foi aparentemente levado”, relatou o sargento Teles. A polícia acredita que o fazendeiro e seu filho foram os primeiros alvos, e os demais foram executados para evitar testemunhas.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Iporá, a 234 km de Goiânia, para exames. A Polícia Civil de Iporá conduzirá as investigações para esclarecer as circunstâncias e identificar os responsáveis por esse crime brutal.
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