Um trágico acidente na BR-324, na manhã desta terça-feira, 23 de agosto, deixou cinco mortos, mas uma história de sobrevivência comoveu a Bahia. Uma bebê, de aproximadamente dois a três meses, escapou com vida após o carro em que viajava colidir com a traseira de uma carreta no km 596, entre Simões Filho e Candeias, sentido Salvador. A menina, internada no Hospital do Subúrbio, sofreu uma fratura no fêmur, mas seu estado é estável e ela não corre risco de morte, segundo a unidade de saúde.
A colisão, que ocorreu por volta das 5h30, vitimou o motorista do carro, uma criança de 4 anos e três mulheres, incluindo a mãe da bebê. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a menina sobreviveu porque caiu no espaço entre os bancos dianteiros e traseiros durante o impacto, o que a protegeu de ser esmagada pelos corpos dos outros ocupantes. O agente Fábio Mattos destacou que as condições da pista, molhada pela chuva, podem ter contribuído para o acidente, mas a velocidade do carro ainda será investigada pela perícia.
O veículo, que saiu de Ourolândia, a 400 km de Salvador, na noite de segunda-feira, transportava pacientes para consultas e exames médicos na capital. A Prefeitura de Ourolândia informou que a bebê viajava no colo da mãe, mas não esclareceu por que não havia uma cadeirinha adequada, essencial para a segurança de crianças em veículos.
O motorista da carreta, com placa de Wenceslau Braz, Paraná, não se feriu e se apresentou voluntariamente ao posto da PRF em Simões Filho. Ele relatou que a colisão ocorreu quando saía do posto fiscal, pela pista de aceleração. Dermerval Damasceno, carregador que estava no banco do carona da carreta, confirmou o impacto repentino e disse que ajudou a resgatar a bebê, mas encontrou as demais vítimas já sem vida.
O caso expõe a fragilidade da segurança no transporte de pacientes e a importância de dispositivos como cadeirinhas para crianças. Enquanto a bebê segue em observação, a PRF e as autoridades locais continuam investigando as causas do acidente, que chocou a comunidade de Ourolândia e reforça a necessidade de melhorias na segurança viária.
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