As mãos podem contar histórias surpreendentes sobre seus donos, especialmente entre os homens. Um estudo sul-coreano, publicado no Asian Journal of Andrology, sugere que homens com dedos indicadores mais curtos que os anelares tendem a ter pênis mais longos. “Quanto maior a diferença entre o dedo indicador e o anelar, maior o comprimento do pênis esticado”, afirmou Tae Beom Kim, urologista do Hospital Gil da Universidade Gachon, na Coreia do Sul, em entrevista à Reuters.
A pesquisa, que envolveu 144 homens com problemas urológicos não relacionados ao tamanho do pênis, mediu o órgão sob anestesia e comparou os resultados com a proporção entre os dedos indicador e anelar da mão direita, mais sensível à testosterona pré-natal, segundo estudos anteriores. Essa “razão entre dígitos” (comprimento do indicador dividido pelo do anelar) indicou que, quanto menor a proporção, maior o comprimento do pênis. A testosterona pré-natal, que influencia o desenvolvimento dos dedos e do órgão genital, parece ser a chave para essa relação.
Denise McQuade, do Skidmore College, que não participou do estudo, destacou que a razão entre os dedos oferece “evidências indiretas” sobre a exposição à testosterona no útero. “É uma medida não invasiva que pode revelar aspectos da história pré-natal de uma pessoa, com potencial uso clínico quando combinada com outros dados”, explicou à Reuters. Curiosamente, enquanto nos homens o dedo anelar tende a ser mais longo, nas mulheres os dedos indicador e anelar costumam ter tamanhos semelhantes.
Além disso, um estudo britânico de 2010, conduzido pela Universidade de Warwick e pelo Instituto de Pesquisas sobre Câncer, revelou que homens com dedos indicadores mais longos que os anelares têm um risco até um terço menor de desenvolver câncer de próstata. Essas descobertas sugerem que as mãos podem ser mais do que uma ferramenta do corpo — elas podem carregar pistas sobre saúde, desenvolvimento e até predisposições médicas.
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