Vivendo Até os 150 ou 1000 Anos: A Revolução da Longevidade Segundo Aubrey de Grey

Roberto Farias
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Imagine comemorar seu 150º aniversário ou até mesmo viver por um milênio. Para o gerontologista biomédico Aubrey de Grey, essas possibilidades não estão tão distantes. Como cientista-chefe da Fundação Sens, na Califórnia, ele acredita que, em cerca de 25 anos, a medicina terá ferramentas para “curar” o envelhecimento, controlando danos celulares e moleculares que causam doenças relacionadas à idade. “Temos 50% de chance de alcançar um controle médico decisivo sobre o envelhecimento em poucas décadas”, afirmou De Grey antes de uma palestra na Royal Institution, no Reino Unido.
Ele compara esse controle ao que já temos sobre doenças infecciosas, com “manutenções” regulares que incluiriam terapias genéticas, células-tronco e estimulação imunológica. Para De Grey, o envelhecimento é o acúmulo de danos no corpo, e a chave está na “geriatria preventiva”: reparar esses danos antes que se tornem graves. A Fundação Sens, cofundada por ele, trabalha para tornar a senilidade algo “desprezível” em termos médicos.
A expectativa de vida global já cresce cerca de três meses por ano, e projeções indicam 1 milhão de centenários até 2030. O Japão, por exemplo, já conta com mais de 44 mil pessoas acima dos 100 anos, e o recorde de longevidade é de 122 anos. No entanto, desafios como a epidemia global de obesidade podem frear esse progresso. Apesar disso, as ideias de De Grey ganham força. Em 2005, o MIT ofereceu US$ 20 mil a quem provasse que suas teorias eram “pseudociência” indigna de debate. Ninguém venceu o desafio, e os jurados reconheceram que as propostas da Sens ocupam um espaço de ideias inovadoras, ainda não testadas, mas intrigantes.
As visões de De Grey podem soar ousadas, mas abrem um horizonte fascinante: e se, em breve, a longevidade extrema for não apenas possível, mas comum?

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