Após quase 170 anos desaparecido, um dos fungos bioluminescentes mais fascinantes do mundo foi redescoberto no Brasil. O Neonothopanus gardneri, conhecido localmente como "flor de coco", foi encontrado no Piauí por pesquisadores da USP em colaboração com cientistas dos Estados Unidos.
Uma Redescoberta Histórica
O cogumelo foi identificado pela primeira vez em 1840 pelo botânico britânico George Gardner, que avistou crianças brincando com o que pareciam ser vagalumes nas ruas de uma vila que hoje pertence ao estado de Tocantins. Desde então, não havia registros científicos confirmados sobre sua existência.
Nos últimos anos, relatos de moradores sobre um fungo grande, amarelo e brilhante despertaram o interesse dos pesquisadores. A primeira evidência visual surgiu em 2005, quando uma foto tirada no Piauí confirmou que o cogumelo ainda existia na região.
Mistérios da Bioluminescência
O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo. A ciência ainda não compreende completamente o mecanismo químico que faz com que ele brilhe no escuro. Uma das hipóteses sugere que a luz emitida pelo cogumelo pode atrair insetos noturnos, ajudando na dispersão dos esporos para sua reprodução. Outra tese indica que a luminosidade pode servir como proteção, atraindo predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.
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