O Julgamento de Casey Anthony: O Caso que Cativou os EUA em 2011

Roberto Farias
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Em 2011, o julgamento de Casey Anthony, uma jovem de 25 anos acusada de assassinar sua filha de dois anos, Caylee, em 2008, em Orlando, Flórida, foi apelidado de "julgamento da década" pela mídia americana. O caso, marcado por reviravoltas e contradições, dominou talk shows, liderou notícias online e foi amplamente discutido no Twitter nos EUA. Centenas de pessoas enfrentavam filas diárias para conseguir ingressos e acompanhar as audiências ao vivo no tribunal.
A promotoria do Estado da Flórida pediu a pena de morte, alegando que Casey sufocou Caylee com fita adesiva no rosto e descartou o corpo em um bosque próximo à casa da família, após mantê-lo no porta-malas de seu carro. Fotos de Casey em festas durante o período em que Caylee estava supostamente desaparecida chocaram o público e reforçaram a imagem de uma mãe negligente. A denúncia veio da mãe de Casey, Cindy Anthony, que, em julho de 2008, relatou à polícia o sumiço da neta e um forte odor no carro da filha.
Casey inicialmente afirmou que Caylee foi sequestrada por uma babá, levando seus pais a contratar investigadores particulares. No entanto, em dezembro de 2008, restos em decomposição da menina foram encontrados por um funcionário em um bosque perto da residência dos Anthony. Após ser acusada, Casey mudou sua versão, alegando que Caylee morreu afogada acidentalmente na piscina da família e que ela, em pânico, encobriu o ocorrido com ajuda de seu pai, George Anthony. A defesa tentou implicar George, sugerindo que ele usou a mesma fita adesiva dos cartazes de "criança desaparecida" para sufocar Caylee, acusação que ele negou veementemente.
O julgamento, que mobilizou a atenção nacional, estava previsto para terminar no início de julho de 2011. A promotoria apresentou evidências circunstanciais, como traços de clorofórmio no carro de Casey, enquanto a defesa questionou a falta de provas diretas e defendeu a tese do afogamento acidental. O desfecho do caso, que levantou debates sobre justiça e responsabilidade, marcou a história judicial americana.

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