No dia 21 de maio de 2011, a região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi marcada por dois acidentes de trânsito que resultaram em mortes e feridos graves, deixando a comunidade em choque. As tragédias, ocorridas na Avenida Antônio Carlos e na Rua Coronel Fraga, evidenciaram os perigos de vias movimentadas e reforçaram a urgência de medidas para melhorar a segurança no trânsito da capital mineira.
Capotamento na Avenida Antônio Carlos
Por volta das 3h da madrugada, um grave acidente na Avenida Antônio Carlos, próximo à barragem da Pampulha, tirou a vida de dois jovens de 18 anos. O veículo em que estavam capotou violentamente, lançando os ocupantes para fora. Três outros passageiros, com idades entre 18 e 19 anos, sofreram ferimentos graves e foram rapidamente socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros. As vítimas feridas foram levadas ao Hospital de Pronto-Socorro Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, especializado em traumas. A avenida, uma das principais vias de acesso ao centro de Belo Horizonte, ficou parcialmente interditada durante o atendimento, causando transtornos no trânsito.
A Polícia Civil iniciou investigações para esclarecer as causas do capotamento. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, fatores como alta velocidade ou condições adversas da pista são considerados possibilidades. A violência do impacto e a falta de uso de cinto de segurança podem ter agravado as consequências do acidente.
Fatal na Rua Coronel Fraga
Na manhã do mesmo dia, às 9h, outra tragédia ocorreu na Rua Coronel Fraga, próximo ao Aeroporto da Pampulha. Um homem de 54 anos, que dirigia sozinho, perdeu o controle do veículo e colidiu violentamente contra uma árvore. Testemunhas relataram que o carro trafegava em alta velocidade e não conseguiu contornar uma curva acentuada. O velocímetro, travado em 120 km/h, confirmou a suspeita de excesso de velocidade. O motorista faleceu no local, antes da chegada do socorro.
Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência, mas não foi possível salvar a vítima. A perícia da Polícia Civil foi acionada para analisar o local, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames. A Rua Coronel Fraga, localizada em uma área residencial, é conhecida por suas curvas desafiadoras, o que exige maior atenção dos condutores.
Contexto e Repercussão
A região da Pampulha, famosa por seus pontos turísticos como a Lagoa da Pampulha e o Mineirão, é também um polo de tráfego intenso, com vias como a Avenida Antônio Carlos registrando altos índices de acidentes. Dados posteriores indicam que essa avenida é uma das mais perigosas de Belo Horizonte, com milhares de ocorrências anuais. Já a Rua Coronel Fraga, mais tranquila, destaca os riscos de trechos sinuosos em áreas urbanas.
Os acidentes de 2011 chocaram moradores dos bairros próximos, como São Francisco e São Luiz, e reacenderam discussões sobre segurança viária. A perda de jovens na madrugada e de um motorista experiente pela manhã gerou comoção e pedidos por maior fiscalização, como instalação de radares e melhorias na sinalização. O Hospital Risoleta Neves, que atendeu os feridos, continua sendo um ponto central para vítimas de traumas na cidade, lidando com um alto volume de casos de acidentes de trânsito.
Reflexão e Investigação
As autoridades ainda investigam as causas exatas das tragédias, mas a combinação de velocidade excessiva e perda de controle aparece como fator comum. A ausência de cinto de segurança no primeiro acidente e as condições da via no segundo são pontos em análise. Esses eventos reforçam a necessidade de campanhas educativas e medidas preventivas para reduzir acidentes, especialmente entre motoristas jovens, que representam uma parcela significativa das vítimas de trânsito.
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