A Serra da Cantareira, considerada a maior floresta em área urbana do mundo, enfrentava uma crescente ameaça: o desmatamento ilegal. Localizada na Grande São Paulo, essa reserva de Mata Atlântica vinha sendo destruída de forma clandestina, com terrenos vendidos irregularmente e árvores derrubadas sem autorização.
A prática, conhecida como "efeito formiga", consistia na remoção gradual da vegetação, tornando difícil a identificação do desmatamento por satélites. Segundo a ONG SOS Mata Atlântica, a devastação ao redor do Parque Estadual da Serra da Cantareira aumentou significativamente, atingindo cerca de 52 hectares, o equivalente a 59 estádios do Maracanã.
O avanço da ocupação urbana e a construção de condomínios foram apontados como os principais responsáveis pela degradação da floresta. Corretores de imóveis chegaram a orientar compradores sobre como remover árvores sem chamar a atenção das autoridades, dificultando a fiscalização.
A Serra da Cantareira é um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica na região metropolitana de São Paulo e desempenha um papel essencial na regulação do clima e na preservação da biodiversidade. A destruição dessa área verde compromete a qualidade de vida da população e reforça a necessidade de políticas ambientais mais rigorosas para conter o avanço do desmatamento.
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