Dias após a morte de Michael Jackson em 25 de junho, o tabloide britânico The Sun publicou uma matéria sensacionalista alegando que a necrópsia do cantor revelou a presença de comprimidos parcialmente dissolvidos em seu estômago. Segundo o jornal, o relatório preliminar do legista indicava que Jackson, encontrado sem vida em sua casa em Los Angeles, tinha ingerido uma combinação de medicamentos, incluindo analgésicos e sedativos, o que reforçava as suspeitas de overdose. A publicação, no entanto, não apresentou fontes oficiais para embasar a informação, gerando controvérsia sobre sua veracidade.
A morte do Rei do Pop, aos 50 anos, chocou o mundo e ocorreu às vésperas do início da turnê This Is It, que marcaria seu retorno aos palcos. Relatos iniciais apontavam que Jackson foi encontrado inconsciente por paramédicos, que tentaram reanimá-lo sem sucesso. O The Sun sugeriu que os comprimidos encontrados poderiam estar ligados ao uso de medicamentos prescritos, como o propofol, um anestésico potente, mais tarde confirmado como a principal causa da morte, administrado pelo médico pessoal de Jackson, Dr. Conrad Murray.
A notícia alimentou especulações sobre o estado de saúde de Jackson e seu possível vício em medicamentos, temas que já eram alvo de debates na mídia. Críticos questionaram a ética do tabloide em divulgar detalhes sensacionalistas antes da conclusão oficial do inquérito, que só foi finalizado meses depois. Em 2011, Murray foi condenado por homicídio culposo por administrar uma dose letal de propofol, confirmando que a morte de Jackson resultou de uma intoxicação aguda por medicamentos.
O caso expôs os perigos do uso indiscriminado de substâncias controladas e reacendeu discussões sobre a pressão enfrentada por artistas de alto perfil. As alegações do The Sun, embora parcialmente corroboradas pelo laudo final, destacam o papel dos tabloides em explorar tragédias para atrair leitores, muitas vezes sacrificando a precisão em nome do sensacionalismo.
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