A crise política em Cuba ganhou um novo capítulo após o líder cubano Miguel Díaz‑Canel fazer duras declarações públicas contra Alejandro Gil Fernández, ex‑ministro da Economia e uma das figuras mais influentes do governo nos últimos anos. Em pronunciamentos recentes, Díaz‑Canel acusou Gil de ser um “traidor”, “vendido” e movido por “ambição pessoal”, afirmando que já não reconhece o homem que um dia foi seu aliado mais próximo, orientador acadêmico e amigo de confiança.
A ruptura ocorre apenas seis dias depois de Gil ter sido preso pela Inteligência cubana e condenado à prisão perpétua, em um processo que ainda não teve detalhes totalmente divulgados. Gil, que comandou o Ministério da Economia entre 2018 e 2024, era visto como um dos principais nomes da ala reformista dentro do Partido Comunista de Cuba, defendendo ajustes estruturais e maior abertura econômica.
Segundo fontes internas, a queda do ex‑ministro expõe tensões profundas no alto escalão do governo, em meio ao agravamento da crise econômica que atinge a ilha. A retórica agressiva de Díaz‑Canel indica uma tentativa de se distanciar de seu antigo braço direito e reforçar a narrativa de que Gil teria agido contra os interesses do Estado.
A prisão e as acusações provocaram forte repercussão entre analistas internacionais, que acompanham com atenção os desdobramentos políticos em Havana. Para muitos observadores, o episódio revela disputas internas e um possível realinhamento de poder dentro do regime.
As investigações e julgamentos relacionados ao caso seguem sob sigilo, enquanto o governo intensifica o discurso contra o ex‑ministro, transformando o episódio em um dos mais tensos da política cubana recente.
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