Em uma medida histórica para reforçar o combate ao narcotráfico e ao crime organizado, o governo do Paraguai anunciou que vai classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A decisão surge em meio à crescente influência dessas facções em território paraguaio e ao impacto regional da megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 120 suspeitos ligados ao CV.
Segundo o ministro do Conselho de Defesa Nacional, Cíbar Benítez, o decreto será publicado nas próximas horas, elevando o nível de alerta nas fronteiras com o Brasil. A medida visa impedir que criminosos em fuga cruzem para o Paraguai após os confrontos violentos ocorridos no Complexo da Penha e do Alemão.
A Argentina também se posicionou, classificando as facções como "narcoterroristas" e reforçando o patrulhamento em suas fronteiras. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, destacou que o tráfico de drogas e armas promovido por essas organizações representa uma ameaça à estabilidade regional.
A atuação do PCC e do CV no Paraguai não é novidade. As facções têm se infiltrado em áreas estratégicas, como o sistema penitenciário e rotas de escoamento de drogas, especialmente na região de fronteira. A nova classificação como grupos terroristas permitirá ao governo paraguaio aplicar medidas mais duras, como congelamento de bens, restrições de movimentação e cooperação internacional ampliada.
Essa mudança de postura marca um novo capítulo na luta contra o crime organizado na América do Sul, com potencial para redefinir estratégias de segurança e relações diplomáticas entre os países envolvidos.
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