Brasileira Presa no Camboja: O Pesadelo de Daniela Marys

O que começou como uma oportunidade de trabalho no exterior se transformou em um drama internacional. Daniela Marys de Oliveira, arquiteta brasileira de 35 anos, está presa há mais de sete meses no Camboja sob acusações controversas, em meio a denúncias de tráfico humano, extorsão e negligência diplomática.

✈️ A Promessa de Emprego e a Chegada ao Camboja

Daniela foi atraída por uma proposta de trabalho como atendente de telemarketing, com contrato de seis meses a um ano. A oferta incluía passagens, hospedagem e salário fixo, e parecia legítima. Ao desembarcar no Camboja, no início de 2025, ela foi levada a um complexo onde, segundo relatos da família, operava uma rede criminosa especializada em golpes virtuais.

⚠️ Pressão e Recusa

Dentro do complexo, Daniela teria sido pressionada a participar de fraudes online. Ao se recusar, foi ameaçada e mantida sob vigilância. Pouco tempo depois, foi detida pela polícia cambojana, acusada de posse de drogas — três pílulas encontradas em sua bolsa após um treinamento. A família afirma que as substâncias foram plantadas como forma de retaliação por sua resistência às atividades criminosas.

🚨 Prisão e Condições Degradantes

Daniela está presa na unidade de Banteay Meanchey, no norte do país, conhecida por superlotação, insalubridade e histórico de mortes por negligência. Segundo sua mãe, Myriam Marys, que vive em João Pessoa (PB), Daniela adoeceu na prisão e não tem acesso a cuidados médicos adequados. Desde o início de outubro, ela não consegue se comunicar com a família, o que aumentou a angústia dos parentes.

💸 Extorsão e Golpe Financeiro

Além da prisão, a família foi vítima de um golpe financeiro. Criminosos se passaram por intermediários e extorquiram dinheiro prometendo ajuda para libertar Daniela. O caso expõe a vulnerabilidade de famílias brasileiras diante de redes internacionais de tráfico humano e extorsão.

🏛️ Ação Diplomática e Mobilização

O Itamaraty acompanha o caso por meio da embaixada brasileira na Tailândia, responsável também pelo Camboja. A mãe de Daniela tem feito apelos públicos e emocionados, pedindo ajuda para trazer a filha de volta ao Brasil. “Só quero que ela volte viva”, disse em entrevista recente.

📢 Alerta para Falsas Ofertas de Trabalho

O caso de Daniela não é isolado. Nos últimos anos, dezenas de brasileiros foram aliciados por falsas promessas de emprego no Sudeste Asiático, acabando presos ou forçados a trabalhar em condições análogas à escravidão. Autoridades alertam para o risco de aceitar propostas sem verificação prévia e recomendam atenção redobrada com recrutadores estrangeiros.