O decreto encerra meses de negociações entre Washington e a empresa chinesa ByteDance, proprietária do TikTok, e representa uma vitória política para Trump, que tem usado a plataforma como ferramenta estratégica de comunicação direta com seus eleitores. O TikTok conta atualmente com mais de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, e o próprio presidente possui 15 milhões de seguidores na rede.
💼 Estrutura do novo TikTok americano
O consórcio que assume o controle da operação americana do TikTok é composto por figuras influentes do setor de tecnologia e mídia:
- Larry Ellison, fundador da Oracle
- Michael Dell, CEO da Dell Technologies
- Rupert Murdoch, magnata da mídia e proprietário da News Corp
Esses investidores terão 80% de participação na nova empresa, enquanto a ByteDance e seus acionistas chineses manterão 20%. A operação será supervisionada por um conselho de sete membros, dos quais seis serão cidadãos americanos, incluindo especialistas em segurança cibernética e governança digital.
🔐 Segurança e soberania digital
O decreto estabelece que todos os dados dos usuários americanos do TikTok deverão ser armazenados em território nacional, em servidores operados por empresas americanas. O algoritmo da plataforma será licenciado da ByteDance, mas operado exclusivamente nos Estados Unidos, sob auditoria técnica independente.
Segundo fontes da Casa Branca, o objetivo é garantir que o TikTok não seja utilizado como ferramenta de espionagem ou propaganda estrangeira. A medida também busca proteger menores de idade e garantir conformidade com as leis de privacidade digital vigentes.
🗳️ Implicações políticas
Durante o anúncio, Trump destacou o papel do TikTok em sua reeleição, afirmando que a plataforma foi essencial para mobilizar jovens eleitores e disseminar mensagens de campanha. A Casa Branca lançou recentemente uma conta oficial no TikTok, reforçando o uso institucional da rede.
A decisão também pode abrir precedentes para outras plataformas com sede fora dos EUA, como o Telegram e o WeChat, que estão sob análise do Departamento de Comércio e do Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS).
🌐 Reações internacionais
A China criticou a medida, classificando-a como “expropriação forçada” e “violação das regras de mercado”. A ByteDance, por sua vez, afirmou que continuará colaborando com autoridades americanas para garantir uma transição segura e transparente.
Especialistas em tecnologia alertam que a fragmentação de plataformas globais pode levar à criação de “redes sociais nacionais”, com algoritmos e políticas distintas, dificultando a interoperabilidade e o fluxo livre de informação.
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