A Venezuela volta a ocupar o centro das atenções internacionais com o avanço de uma aliança estratégica entre Moscou e Caracas, enquanto os Estados Unidos intensificam sua presença militar no Caribe. A movimentação russa, que inclui apoio logístico e militar ao governo de Nicolás Maduro, reacende preocupações sobre uma possível escalada de conflito na América Latina.
Rússia reforça presença militar e logística na Venezuela
O Kremlin ampliou sua cooperação com o regime venezuelano por meio de mais de 260 acordos bilaterais, incluindo o fornecimento de sistemas antiaéreos, tanques e aviões de combate. Um dos pontos mais sensíveis foi a instalação de uma fábrica de munições em território venezuelano, com capacidade para produzir até 70 milhões de cartuchos por ano. Além disso, aviões cargueiros russos sancionados pelos EUA têm pousado em Caracas, sugerindo o transporte de equipamentos estratégicos.
EUA reagem com força naval e retórica agressiva
Em resposta, Washington enviou uma frota de seis navios militares e cerca de 4 mil soldados para o sul do Caribe, oficialmente para combater o narcotráfico. No entanto, analistas apontam que a operação tem alcance geopolítico, funcionando como uma contenção à influência russa na região. O governo americano também aumentou a recompensa pela captura de Maduro, acusado de liderar uma organização narcoterrorista.
Brasil observa com cautela e reforça fronteira
O Brasil, que compartilha uma extensa fronteira com a Venezuela, realiza a Operação Atlas em Roraima, envolvendo tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica. Embora o governo brasileiro negue relação direta com a crise internacional, a movimentação militar ocorre em um momento de alta tensão e pode ser interpretada como uma medida preventiva.
Risco de atrito direto entre potências
A aproximação logística entre Rússia e Venezuela é vista por Washington como uma provocação estratégica. A América Latina, historicamente sob influência dos EUA, pode estar testemunhando uma reconfiguração de forças reminiscentes da Guerra Fria. A Doutrina Monroe, que defende a hegemonia americana no continente, volta a ser mencionada por especialistas diante da presença russa em solo latino-americano.
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