Brasília, 6 de agosto de 2025 — Em um movimento que pode redefinir o equilíbrio econômico global, Rússia e China anunciaram uma intensificação de sua cooperação estratégica em resposta direta às sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos. A iniciativa representa uma tentativa clara de contornar o sistema financeiro dominado pelo Ocidente e criar alternativas comerciais independentes.
Escalada de Tensão Econômica
A decisão ocorre após o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, impor tarifas de até 100% sobre países que compram petróleo russo, incluindo China, Índia e Brasil. A medida visa pressionar Moscou a recuar na guerra contra a Ucrânia, mas pode ter efeitos colaterais severos sobre a economia global.
Em resposta, o Kremlin classificou as sanções como “ilegais e unilaterais” e anunciou o fim das restrições sobre o posicionamento de mísseis de alcance intermediário, aumentando o risco de uma nova corrida armamentista.
Moscou e Pequim: Parceria Estratégica
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que Moscou e Pequim estão prontas para “responder conjuntamente” à pressão americana. Embora não tenham formalizado uma aliança militar, os dois países mantêm uma parceria “sem limites”, conforme declarado por Vladimir Putin e Xi Jinping em 2022.
A cooperação inclui:
- Exercícios militares conjuntos no Pacífico e Ásia Central
- Integração energética, com aumento das exportações de gás russo para a China
- Desdolarização comercial, com uso crescente de yuan e rublo em transações bilaterais
Impacto Global e Reações
A ameaça de sanções secundárias já provocou alta nos preços do petróleo, com o barril do Brent ultrapassando US$ 95. Economistas alertam para uma possível fragmentação do comércio internacional, com países buscando alternativas ao sistema financeiro ocidental.
Enquanto isso, a União Europeia e o G7 avaliam medidas coordenadas para conter o avanço da influência russo-chinesa, mas enfrentam divisões internas sobre o grau de envolvimento.
Análise
A aproximação entre Rússia e China representa mais do que uma reação às sanções: é parte de uma estratégia de longo prazo para reconfigurar a ordem econômica mundial. Se bem-sucedida, essa aliança pode reduzir a hegemonia do dólar, enfraquecer o poder de sanção dos EUA e criar um novo eixo de influência global.
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