Em meio às polêmicas reformas constitucionais aprovadas pela Assembleia Legislativa de El Salvador, o governo dos Estados Unidos se posicionou de forma clara: respeita a soberania do país e considera legítimo o processo democrático que levou às mudanças.
🏛️ Reforma Constitucional e Reeleição Indefinida
A reforma aprovada no final de julho permite a reeleição indefinida do presidente, amplia o mandato presidencial de cinco para seis anos e elimina o segundo turno eleitoral. Essas mudanças abriram caminho para que Nayib Bukele, atual presidente, possa concorrer a um terceiro mandato consecutivo — embora ele ainda não tenha confirmado oficialmente essa intenção.
🗣️ Declaração dos EUA
Em comunicado à agência EFE, um porta-voz do Departamento de Estado americano afirmou:
“A Assembleia Legislativa de El Salvador foi eleita democraticamente para promover os interesses e as políticas de seus eleitores. A decisão de realizar mudanças constitucionais é deles. Cabe a eles decidir como o país deve ser governado.”
Além disso, o governo dos EUA rejeitou comparações entre El Salvador e regimes ditatoriais, destacando que o processo legislativo salvadorenho é constitucionalmente sólido e baseado na democracia.
📲 Reação de Bukele
O presidente Bukele compartilhou a declaração americana em suas redes sociais, interpretando-a como um reconhecimento internacional à autonomia política de El Salvador. Ele também ironizou as críticas internacionais, afirmando que países desenvolvidos como Reino Unido, Espanha e Dinamarca permitem reeleição indefinida sem sofrer condenações externas.
⚖️ Críticas e Controvérsias
Organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch criticaram duramente a reforma, alegando que ela representa uma ameaça à democracia e pode perpetuar o poder de Bukele. Apesar disso, o presidente mantém altos índices de popularidade, especialmente por sua política de segurança rigorosa contra gangues criminosas.
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