Hortolândia, SP — 21 de julho de 2025
Uma manhã marcada por horror e desespero abalou o bairro Jardim Amanda, em Hortolândia, interior de São Paulo. A pequena Valentina, de apenas dois anos, foi brutalmente atacada pelo pitbull da própria família, adotado há cerca de dois meses. O incidente, que ocorreu dentro da residência, terminou com a morte da criança e levantou uma série de questionamentos sobre a guarda responsável de animais considerados de risco.
O ataque e a tentativa de resgate
Segundo relatos de vizinhos e da Polícia Militar, a mãe da criança estava em casa quando ouviu os gritos e se deparou com o cão agarrado à filha. A vizinha Poliana Eduarda, que havia acabado de chegar do mercado, foi quem acionou a polícia. “Vi o cachorro sacudindo a menina. A mãe gritava ‘socorro’ desesperada. Foi uma cena de horror”, relatou.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o animal ainda atacando a criança e efetuaram três disparos para conter o pitbull, que também tentou avançar contra os agentes. Valentina foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, mas chegou em parada cardiorrespiratória e não resistiu aos ferimentos.
Crescimento alarmante de ataques na região
Dados do Departamento Regional de Saúde de Campinas apontam um aumento de 26,5% nos ataques de cães entre janeiro e abril de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O caso de Valentina se soma a uma série de ocorrências que têm colocado em xeque a segurança de famílias que adotam animais sem o preparo necessário.
Investigação e responsabilização
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do ataque e avaliar se houve negligência na guarda do animal. O pitbull, que sobreviveu aos disparos, será submetido a avaliação veterinária. A perícia foi acionada para esclarecer a dinâmica do ocorrido.
Reflexão sobre adoção e convivência com raças de grande porte
Especialistas em comportamento animal alertam que cães como o pitbull exigem socialização precoce, treinamento constante e supervisão rigorosa, especialmente em ambientes com crianças. A adoção por impulso, sem avaliação do histórico do animal ou preparo da família, pode resultar em tragédias como a de Hortolândia.
Impacto emocional e comoção comunitária
A comunidade local está em choque. Vizinhos, familiares e profissionais da saúde que atenderam Valentina relatam profundo abalo emocional. A cena do ataque, descrita como “caótica e desesperadora”, deixou marcas que vão além da dor física — é um trauma coletivo que exige atenção psicológica e apoio institucional.
O que este caso nos ensina
A morte de Valentina é um alerta urgente sobre os riscos da guarda irresponsável de animais. Mais do que discutir a periculosidade de raças, é preciso investir em educação, regulamentação e políticas públicas que orientem a adoção consciente e protejam vidas humanas e animais.
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