Rússia Alerta para Escalada Nuclear com Retorno de Armas dos EUA ao Reino Unido

TimeCras
Roberto Farias
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Recentemente, a Rússia anunciou que está acompanhando de perto a movimentação de armas nucleares dos Estados Unidos no Reino Unido, em um contexto de crescentes tensões geopolíticas. Segundo informações publicadas em 22 de julho de 2025, os jornais britânicos *The Times* e *The Telegraph* revelaram que os EUA posicionaram ogivas nucleares na base aérea de Lakenheath, em Suffolk, pela primeira vez desde 2008. Essa ação marca uma mudança significativa na estratégia da OTAN, que busca reforçar sua postura de dissuasão em resposta ao agravamento das relações com Moscou, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que a Rússia percebe um aumento na militarização nuclear e nas tensões internacionais. Ele afirmou que os departamentos russos competentes estão monitorando a situação para garantir a segurança nacional, classificando o movimento como uma provocação que pode exigir "contramedidas compensatórias". Essa retórica reflete a preocupação de Moscou com a presença de armas nucleares americanas na Europa, especialmente em um momento em que a OTAN moderniza suas instalações nucleares.

O posicionamento das bombas termonucleares B61-12, transferidas da base aérea de Kirtland, nos EUA, para Lakenheath, é visto como parte de um esforço mais amplo da OTAN para fortalecer sua capacidade de resposta diante de possíveis ameaças. A base britânica, que já abrigou armas nucleares durante a Guerra Fria, agora volta a ser um ponto estratégico no teatro europeu. A decisão ocorre em meio a debates sobre a escalada do conflito na Ucrânia, onde a Rússia revisou sua doutrina nuclear em novembro de 2024, considerando ataques de países não nucleares apoiados por potências nucleares como uma agressão conjunta.

Embora a Rússia possua o maior arsenal nuclear do mundo, com cerca de 5.580 ogivas segundo a Federação de Cientistas Americanos, os EUA seguem de perto com aproximadamente 5.044. Ambos os países concentram cerca de 87% do total de armas nucleares globais, o que reforça a gravidade do atual cenário de tensões. Especialistas alertam que a retórica nuclear tem se intensificado, e o risco de escalada, embora não iminente, exige cautela.

A comunidade internacional, incluindo a ONU, tem apelado por um diálogo renovado entre as potências nucleares para evitar um cenário catastrófico. Enquanto isso, o Reino Unido também está revisando seus planos de contingência, incluindo estratégias para lidar com possíveis ataques russos, sejam convencionais ou nucleares, conforme noticiado pela CNN Portugal em maio de 2025. A situação sublinha a necessidade de negociações diplomáticas para reduzir as tensões e retomar acordos de controle de armas, como o Novo START, suspenso pela Rússia em 2023.

O retorno das armas nucleares americanas ao Reino Unido reacende temores de uma nova corrida armamentista e reforça a complexidade do atual xadrez geopolítico. À medida que a Rússia monitora essas movimentações e sinaliza possíveis retaliações, o mundo observa com preocupação os desdobramentos dessa escalada. A diplomacia e o diálogo permanecem como as únicas vias para evitar consequências imprevisíveis.

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