Brasília, 25 de julho de 2025 — A tradicional montadora alemã Porsche enfrenta um dos momentos mais delicados de sua trajetória empresarial. No segundo trimestre deste ano, a empresa registrou um colapso financeiro com queda de 91% no lucro líquido, despencando de € 1,7 bilhão para apenas € 154 milhões.
Esse tombo acentuado reflete uma tempestade perfeita no setor automotivo: retração do mercado chinês, aumento das tarifas comerciais nos EUA e o peso crescente de investimentos na eletrificação da frota. A estratégia da Porsche para modernização está em xeque.
Como resposta à crise, o grupo anunciou cortes significativos na equipe — 1.900 postos de trabalho serão extintos até 2029, principalmente nas unidades alemãs. O CEO Oliver Blume afirmou que o modelo de negócios atual “não é mais sustentável”, sinalizando mudanças estruturais profundas.
A Porsche, que por anos sustentou as finanças do conglomerado Volkswagen, agora vê seu protagonismo ameaçado pela concorrência asiática e pela transição ainda tímida para veículos elétricos.
A situação levanta dúvidas sobre o futuro da marca, sinônimo de luxo e desempenho, num mercado cada vez mais competitivo e orientado por sustentabilidade.
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