O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro estaria agindo para interferir e dificultar o avanço da ação penal que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração de Moraes integra o despacho que prorrogou por mais 60 dias o inquérito contra o parlamentar.
O foco da acusação é uma publicação feita por Eduardo em sua conta na rede X (antigo Twitter), durante um ato político realizado na Avenida Paulista em 29 de junho. No post, ele compartilhou um vídeo do também deputado Gustavo Gayer, que aparece falando em inglês e criticando abertamente as investigações contra Bolsonaro, sugerindo à comunidade internacional que há perseguição política no Brasil.
De acordo com Moraes, esse tipo de conteúdo configura tentativa de:
- Coação no curso do processo
- Obstrução de investigação de organização criminosa
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
O ministro determinou que o vídeo seja anexado ao inquérito, argumentando que o uso de um idioma estrangeiro evidencia o propósito de pressionar autoridades internacionais e influenciar a opinião pública global.
Atualmente, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde tem declarado ser alvo de perseguição política. A prorrogação do inquérito visa permitir que a Polícia Federal conclua diligências ainda pendentes sobre o caso.
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